Tuesday, May 3, 2016

Ceratose palmar e plantar adquirida - Epidemiologia e Fatores de risco

Ceratose palmar e plantar adquirida - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A ceratose palmar e plantar é caracterizada pelo desenvolvimento de múltiplas ceratoses pontuais,
semelhantes a calos, simetricamente distribuídas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Pode decorrer da
exposição crônica ao arsênio e é encontrada em populações expostas a níveis excessivos de arsênio na água, quando
é denominada hidro-arsenicismo crônico endêmico e em trabalhadores cronicamente expostos ao arsênio (arsenicismo
crônico).
O hidro-arsenicismo crônico endêmico, provocado pelo consumo de água não-tratada, foi descrito no norte
do Chile, no norte da Argentina, em regiões do México, na América Latina e em Taiwan, na Ásia. Nessas populações,
os quadros são mais polimorfos e graves que nas exposições ocupacionais, incluindo manifestações neurológicas
(cognitivas e periféricas), hepáticas e vasculares, além das alterações cutâneas.
Os efeitos da exposição ocupacional de longo prazo foram descritos por Hill & Faning, em 1948, que
estudaram a incidência de câncer de pele e de pulmão em um grupo de trabalhadores industriais expostos a grandes
quantidades de arsênio inorgânico. Esses trabalhadores apresentavam, também, pigmentação da pele,
hiperqueratinização de áreas expostas da pele e formação de verrugas.
O diagnóstico de hiperceratose palmar e plantar em trabalhadores expostos ocupacionalmente ao arsênio
pode ser enquadrado no Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho é considerado causa necessária.



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