Sunday, May 22, 2016

A definição de plano de tratamento

A definição de plano de tratamento

3.2 O PLANO DE TRATAMENTO
A definição de plano de tratamento depende:
- da presença de inflamação e/ou degeneração;
- da presença de alterações sensitivas e/ou motoras e/ou edema;
- da presença de desequilíbrios psíquicos gerados em certas situações especiais de trabalho, na gênese
do processo de adoecimento e/ou associados à evolução do mesmo quando, por exemplo, exige afas-
tamento do paciente de sua atividade laboral.

Assim, o plano de tratamento deve contemplar:
- explicação ao paciente de que a dor atual é resultado de um longo tempo de exposição aos fatores de
risco no trabalho e que o tratamento também será longo;
- orientação ao paciente de que a postura nas atividades domésticas e outras deverão ser corrigidas no
sentido de poupar alguns movimentos e favorecer a outros;
- orientação quanto à postura para dormir;
- uso de gelo, ou calor, dependendo do caso, três vezes ao dia durante 20 minutos, considerando que
alguns pacientes não suportam essa técnica;
- atenção para pequenas melhoras, obtidas pouco a pouco, que nem sempre são reconhecidas pelo
paciente.
Explicar que esses pequenos avanços são importantes no tratamento, chamando atenção
para o fato de que a sua adequada compreensão e valorização podem ajudar o paciente a suportar os
sintomas que ainda permanecem;
- atenção para o fato de que é melhor considerar a unidade do membro superior e estabelecer conduta,
visando a cada um dos objetivos explicitados abaixo, do que tratar patologia por patologia:
- aliviar a dor e paresia;
- reduzir o edema;
- manter ou aumentar a amplitude de movimentos (adm) dos mmss;
- aumentar a força muscular dos mmss;
- reeducar a função sensorial;
- aumentar a resistência à fadiga;
- melhorar a funcionalidade dos mmss;
- proteger a função articular;
- eficácia do uso do antiinflamatório, acompanhado ou não de relaxante muscular;
- necessidade de se introduzir outros medicamentos, como, por exemplo, antidepressivos tricíclicos em
doses baixas;
- recursos de eletrotermoterapia, com programação individualizada, avaliando sempre sua eficácia;
- atividades de relaxamento muscular com massageador elétrico, de hidromassagem, massagem manu-
al e outras técnicas de terapia corporal;
- na presença de edema, massagem retrógrada para reduzi-lo;
- exercícios passivos, ativo-assistidos e com resistências;
- exercícios isométricos, com estimulação tátil com diferentes texturas e exercício de pinça;
- atividades de terapia ocupacional, visando a propiciar a recuperação da capacidade de desenvolver
atividades da vida diária, gradativamente;
- em alguns casos, uso do splint para reduzir a dor, manter a integridade articular e melhorar a função. O
uso do splint deverá ser criterioso, por tempo limitado e acompanhado pelo terapeuta. O paciente deve
ser orientado quanto aos períodos de repouso;
- avaliação de desequilíbrios psíquicos existentes, procurando identificar formas precoces de seu apare-
cimento.
É importante estimular a criação de espaços abertos para a verbalização de vivências pesso-
ais face à organização do trabalho, à transformação dessa organização, ao processo de adoecimento
e às repercussões na vida cotidiana. Cada caso deve ser cuidadosamente avaliado, considerando-se
que alguns necessitam de suporte específico para determinadas situações e outros já requerem um
trabalho psicoterapêutico mais profundo e prolongado.



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