Friday, November 13, 2015

Asma - Quadro clínico e diagnóstico

Asma - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os sintomas mais característicos são: dispnéia, tosse, sibilância, respiração curta, opressão torácica,
produção de secreção em pequena quantidade. Deve-se pensar na etiologia ocupacional em todos os casos que se
iniciam na idade adulta.
O diagnóstico de asma ocupacional inclui o diagnóstico de asma e a relação entre asma e trabalho. A
história ocupacional revela relação entre a exposição e os sintomas. O broncoespasmo pode ser imediato, ao final da
jornada ou noturno. A presença ou a ausência de sintomas durante os fins de semana, férias e fora da jornada de
trabalho são significativas para se obter o diagnóstico. Entretanto, muitos pacientes apresentam componente inflamatório,
que leva semanas para regredir, sendo que outros podem nunca mais deixar de ser asmáticos. Isso deve ser considerado
na exploração diagnóstica. Vale lembrar que a maioria dos casos de asma ocupacional permanece sintomático mesmo
após a correta intervenção ocupacional.
Exames complementares:

RADIOGRAFIA DE TÓRAX:
exclui outras patologias e diagnostica infecções concomitantes;

ESPIROMETRIA:
auxilia no diagnóstico de asma e deve ser feita inicialmente em todos os pacientes com suspeita da
doença. Há diminuição do VEF1. Pode ser feita no local de trabalho para medições seriadas de curta
duração, porém não é prático;

RADIOGRAFIA DOS SEIOS DA FACE:
para afastar sinusite;

CURVA DE PEAK FLOW:
é o melhor método para estabelecimento do nexo causal. Deve ser feito pelo trabalhador durante
o trabalho e fora dele. Se possível, avaliar por duas semanas no trabalho e por mais duas semanas fora
dele. Algumas vezes, esse tempo de afastamento será insuficiente para obter uma melhora na curva. A
fidelidade do registro dos valores anotados pelo paciente é criticável, visto que é passível de incorreções e
manipulações. Outros fatores que interferem são: o uso esporádico de medicações, como corticosteróides,
broncodilatadores e aqueles sujeitos a exposições intermitentes. Essas variáveis devem ser consideradas
na interpretação dos resultados;

TESTES DE PROVOCAÇÃO BRÔNQUICA:
podem ser feitos com agentes inespecíficos ou com agentes suspeitos, estes últimos
de difícil padronização. Devem ser feitos em ambiente hospitalar, com rápido acesso a medidas de
ressuscitação. Normalmente, são restritos a instituições de pesquisa;

TESTES CUTÂNEOS:
ajudam a identificar o indivíduo atópico, contribuindo na investigação. Podem ser feitos com baterias-
padrão ou com agentes específicos. Indicam que houve sensibilização, mas não são prova definitiva da
etiologia da asma ocupacional.



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