Tuesday, November 3, 2015

Ulceração ou necrose do septo nasal - Tratamento

Ulceração ou necrose do septo nasal - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento deve ser feito por especialista, otorrinolaringologista ou em serviço de referência de
saúde do trabalhador. Nos casos de perfuração nasal, pode-se tentar o fechamento do orifício com botão de
silicone. Não havendo sucesso, o tratamento é cirúrgico (septoplastia), que, com freqüência, pode recidivar e
agravar o quadro primitivo. O afastamento da atividade é recomendado até que as medidas de controle ambientais
sejam tomadas.

Para o tratamento da perfuração de septo nasal devida ao cromo, ver o item tratamento do protocolo Úlcera
crônica da pele (17.3.15), no capítulo 17.
A avaliação médica da deficiência e da incapacidade decorrentes da ulceração ou necrose ou perfuração
do septo nasal é difícil. Podem ser valorizados, isoladamente ou combinados, os transtornos do olfato, respiratórios, as
lesões mutilantes com perda de substância e a rinorréia. O desenvolvimento de parosmias (odores anormais) ou de
anosmia residual pós-tratamento pode limitar o trabalhador, tanto em seus mecanismos de defesa (odor de substâncias
químicas tóxicas ou perigosas) quanto na capacidade de trabalho, dependendo de sua atividade profissional. Eventuais
danos estéticos poderão ser valorizados na perspectiva da medicina, do seguro e da reparação legal. A perfuração de
septo nasal tem sido considerada por alguns profissionais como apenas um estigma profissional e não doença. Esse é
um procedimento ética e tecnicamente equivocado.
Em trabalhadores de galvanoplastias, o quadro deve chamar a atenção para a possibilidade de efeitos da
exposição ocupacional ao cromo, conhecido cancerígeno, sobre diversos órgãos.



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