Wednesday, November 4, 2015

Ulceração ou necrose do septo nasal - Prevenção

Ulceração ou necrose do septo nasal - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da ulceração e da necrose do septo nasal relacionada ao trabalho baseia-se nos procedimentos
de vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução
deste capítulo. O controle da exposição ao arsênio, cádmio, cromo e seus respectivos compostos e a névoas ácidas de
ácido cianídrico e seus derivados pode contribuir para a redução da incidência da doença nos grupos ocupacionais sob
risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição a níveis considerados seguros,
por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde, identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além
de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.o 12/1983), no Anexo n.o 11, estabelece os LT para algumas substâncias químicas
reconhecidas como causadoras de ulceração e necrose do septo nasal, no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas
semanais, entre elas:
- ácido crômico (névoa) – 0,04 mg/m3;
- ácido cianídrico – 8 ppm ou 9 mg/m3.

Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente à luz do
conhecimento e evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos, não impedem
o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico completo, no qual deve ser dada atenção especial aos olhos, narinas, boca e aparelho respiratório,
recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como os questionários de sintomas respiratórios e os exames
complementares adequados aos fatores de risco identificados no ambiente. O IBMP definido na NR 7 para o arsênio
na urina é de 50 µg/g de creatinina; para o cádmio na urina é de 5 µg/g de creatinina e para o cromo hexavalente na
urina é de 30 µg/g de creatinina. Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser
implementadas.






No comments:

Post a Comment