Thursday, December 26, 2013

Exposição ao asbesto ou amianto e o câncer de pulmão

Exposição ao asbesto ou amianto e o câncer de pulmão

Desde 1955 é reconhecida a relação causal entre a exposição ao asbesto ou amianto e a ocorrência dos
mesoteliomas da pleura, do peritônio e do câncer de pulmão, associados ou não à asbestose. A exposição ocupacional
ao asbesto – a mais importante na produção de câncer pulmonar relacionado ao trabalho – produz um aumento de 3
a 4 vezes o risco de ocorrência do adenocarcinoma pulmonar em trabalhadores não-fumantes e do carcinoma de
células escamosas em trabalhadores fumantes (risco 3 vezes superior ao risco de fumantes não-expostos ao amianto).
Assim, em trabalhadores fumantes expostos ao asbesto, o risco relativo (sinergicamente multiplicado) é aumentado
em 90 vezes.
Estudos epidemiológicos rigorosos têm demonstrado, a partir da década de 50, a importância do cromo
hexavalente, ou seja, íon cromo na valência 6+ ou CrVI, na etiologia do câncer de pulmão. A exposição se dá,
particularmente na produção do cromo, nas névoas dos tanques de cromagem, pigmentos de tintas, como cromatos de
chumbo e zinco, fumos de solda provenientes de metais com alto teor de cromo, como aço inoxidável nos processos de
galvanoplastia e na indústria de ferro-cromo.
As radiações ionizantes estão historicamente associadas a tumores malignos. Sua contribuição na etiologia
do câncer de pulmão tem sido descrita em trabalhadores da saúde (radiologistas), de minas subterrâneas de ferro,
com exposição a radônio radiativo, minas de estanho, de urânio, provavelmente de ouro e em trabalhadores de
minas de carvão.
O tempo de latência é relativamente longo, raramente inferior a 15/20 anos.
O câncer de pulmão pode ser classificado como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação
de Schilling, sendo o trabalho considerado como fator de risco associado com a etiologia multicausal do câncer de pulmão.



Fonte: Doenças do Trabalho

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