Sunday, December 22, 2013

Neoplasia maligna do pâncreas - Quadro clínico e diagnóstico

Neoplasia maligna do pâncreas - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O câncer da cauda do pâncreas pode ser assintomático por tempo relativamente longo, uma vez que não
afeta estruturas vizinhas. O sítio do tumor primário freqüentemente só é descoberto após evidências de metástases a
distância. Dor abdominal noturna, que tende a piorar progressivamente, é o sintoma mais comum do câncer de pâncreas.
Pode ser aliviada com analgésicos ou, ao assumir a posição antálgica sentada, com o tronco reclinado para a frente.
Pode estar associada à icterícia, perda ponderal, sangramento intestinal, comumente associado aos tumores da cabeça
do pâncreas e da ampola, sendo raros em outros tumores. Esteatorréia e diabetes mellitus, quando surgem em idosos,
associados à perda ponderal progressiva, devem alertar para a possibilidade de câncer de pâncreas. Hepatomegalia e
presença de massa abdominal surgem tardiamente no curso da doença.
A investigação diagnóstica para avaliar a extensão da doença e a existência de metástases, que
desaconselham uma cirurgia com fins curativos, inclui a realização de hemograma, provas de função hepática, cintilografia
hepática, cintilografia óssea, radiografias contrastadas (seriografias) do trato gastrintestinal superior (buscando obstrução
ou deformidade pilórica ou duodenal) e biópsias de massas suspeitas de serem metastáticas.
Os resultados terapêuticos, uma vez comprovado histopatologicamente o câncer de pâncreas, são pobres.
A propedêutica é cara, pode aumentar a morbidade e não altera o prognóstico para esse tumor. A tomografia
computadorizada do abdômen detecta 90% dos casos de câncer de pâncreas. A endoscopia é útil no carcinoma da
ampola de Vater, uma lesão potencialmente curável. A colangiopancreatografia endoscópica é um método preciso em
90 a 95% dos casos, especialmente se o tumor estiver localizado na cabeça do pâncreas e se combinado com outros
estudos diagnósticos. A avaliação citológica pode melhorar a sensibilidade. Os testes de função pancreática não são
mais considerados úteis no diagnóstico.



Fonte: Doenças do Trabalho

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