Sunday, December 22, 2013

Leishmaniose - Quadro clínico e diagnóstico

Leishmaniose - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A leishmaniose cutânea caracteriza-se pela formação de pápulas únicas ou múltiplas, que evoluem para
úlceras com bordas elevadas e fundo granuloso, indolores. Pode-se apresentar também com placas verrucosas,
papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. As lesões ocorrem onde os flebotomíneos do gênero Lutzomyia, ao picar
para sugar sangue, inoculam o parasita.
A L. braziliensis, no local onde é introduzida, é fagocitada pelos macrófagos da pele. No interior de seus
vacúolos digestivos, multiplica-se, provocando proliferação e hipertrofia local do sistema macrofágico. Em seguida,
destrói as células hospedeiras e invade outras, até que a resposta imunológica do organismo limite a expansão da
infecção ou determine a necrose da área invadida, quando então surge a úlcera com bordas intumescidas e fundo
necrótico. A evolução, ao invés de necrose, pode-se fazer para formas lupóides, vegetantes ou difusas. A evolução
pode ser lenta, com períodos de metástases.
A forma grave da doença decorre do aparecimento de metástases na mucosa nasal ou orofaringeana. As
ulcerações, aí, destroem as cartilagens e estruturas ósseas, produzindo lesões mutilantes da face, que comprometem
a fisiologia e a vida social dos pacientes.
O diagnóstico é parasitoscópico ou imunológico (reação intradérmica com leishmanina ou de Montenegro),
feito em material de biópsia aspirado da borda da lesão.
O diagnóstico diferencial da forma cutânea deve ser feito com as úlceras traumáticas, vasculares ou tropical,
paracoccidioidomicose, esporotricose, cromomicose, neoplasias cutâneas, sífilis e tuberculose cutânea. A forma mucosa
tem como diagnóstico diferencial principal: hanseníase, paracoccidioidomicose, sífilis terciária, neoplasias.



Fonte: Doenças do Trabalho

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