Thursday, December 26, 2013

Neoplasia maligna da laringe - Prevenção da Doença

Neoplasia maligna da laringe - Prevenção da Doença

5 PREVENÇÃO
A prevenção da neoplasia maligna da laringe relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo. O controle
ambiental da exposição a névoas de ácidos inorgânicos fortes, ao asbesto, aos compostos do níquel, ao álcool
isopropílico, aos óleos minerais e ao gás mostarda pode, efetivamente, reduzir a incidência do câncer de laringe em
grupos ocupacionais de risco. As medidas de controle ambiental devem visar à eliminação da exposição ou ao controle
dos níveis em concentrações próximas de zero, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- utilização, na indústria, de sistemas hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas;
- sistemas de ventilação exaustora adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas gerais de limpeza dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, de forma complementar às medidas de proteção coletiva.
Os procedimentos específicos para a vigilância da saúde de expostos ao amianto estão descritos no protocolo
Mesoteliomas e para a exposição às radiações ionizantes estão descritos no protocolo Neoplasia maligna dos ossos e
cartilagens articulares dos membros, neste capítulo.
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento do PPRA (NR 9), do PCMSO (NR 7) e de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A NR 15 define os LT das concentrações
em ar ambiente de várias substâncias químicas, para jornadas de trabalho de 48 horas semanais.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico cuidadoso, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados e a realização de exames
complementares adequados ao fator de risco identificado.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.



Fonte: Doenças do Trabalho

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