Tuesday, July 8, 2014

Dengue Clássico - Quadro clínico e diagnóstico

Dengue Clássico - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Manifesta-se por início abrupto de febre (39º – 40o
C), cefaléia intensa, dor retroocular, mialgias, artralgias,
manifestações gastrintestinais (vômitos, anorexia). Podem surgir um exantema morbiliforme centrífugo no 3.º ou 4.º
dia de doença e, às vezes, fenômenos hemorrágicos discretos (epistaxes, petéquias). Pode haver hepatomegalia e
micropoliadenopatia. A febre costuma ceder em até 6 dias.
Exames laboratoriais utilizados:
- hemograma: leucopenia com linfocitopenia;
- plaquetas: normais ou discretamente reduzidas;
- métodos virológicos (até o 6.º dia): culturas, testes imunoenzimáticos, radioimunoensaios ou PCR;
- métodos sorológicos: o MAC-ELISA (captura de IgM) necessita de uma única amostra e é o melhor
exame para a vigilância epidemiológica.
A possibilidade do dengue hemorrágico (febre hemorrágica do dengue e síndrome de choque) é temida. A
OMS classifica o dengue hemorrágico em quatro graus de gravidade, localizando nos dois primeiros formas mais
benignas (apenas com febre hemorrágica) e nos dois últimos quadros graves (com falência circulatória), como segue:

GRAU I: febre e sintomas inespecíficos, tendo como única manifestação hemorrágica o teste do torniquete positivo;

GRAU II: presença de fenômenos hemorrágicos espontâneos;

GRAU III: insuficiência circulatória manifestada por pulso fraco e rápido, redução da pressão de pulso a 20 mmHg, hipotensão,
pele pegajosa e fria, agitação;

GRAU IV: choque profundo caracterizado por ausência de pulso e pressão arterial.
As manifestações clínicas menos freqüentes do dengue incluem quadros que acometem o sistema nervoso,
como encefalites e polineuropatias (síndromes de Reye e de Guillain-Barré).
Esses quadros podem surgir no decorrer da doença ou na convalescença.
Têm sido descritos quadros de hepatite com icterícia e importante elevação de
transaminases séricas. As deficiências ou disfunções são avaliadas em função da natureza da complicação ou seqüela,
não sendo específicas para o dengue. O diagnóstico diferencial deve ser feito com gripe, rubéola, sarampo, febre
amarela, leptospirose, hepatites infecciosas e outras febres hemorrágicas.



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