Thursday, July 17, 2014

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Tratamento

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os avanços no conhecimento da patogênese da infecção pelo HIV e o desenvolvimento de drogas anti-
retrovirais que se mostram eficazes para o controle da replicação viral têm diminuído a progressão da doença, reduzindo
a incidência das complicações oportunísticas, levando a maior sobrevida e a uma significativa melhora na qualidade de
vida dos indivíduos. Em 1994, foi comprovado que o uso da zidovudina (AZT) pela gestante infectada, durante a gestação,
bem como pelo recém-nascido, durante as primeiras semanas de vida, pode levar a uma redução de até 2/3 no risco de
transmissão do HIV da mãe para o filho. A partir de 1995, o tratamento com monoterapia foi abandonado, passando a ser
recomendação do Ministério da Saúde a utilização de terapia combinada com 2 ou mais drogas anti-retrovirais para o
controle da infecção crônica pelo HIV. São numerosas as possibilidades de esquemas terapêuticos indicados pela
Coordenação Nacional de DST/AIDS, que variam, em adultos e crianças, com o curso ou não de germes oportunistas,
com tamanho da carga viral e dosagem de CD4+. Recomenda-se a leitura do Guia de Tratamento Clínico da Infecção
pelo HIV em Adultos e Adolescentes e do Guia de Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV em Crianças, ambos distribuídos
pelo Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde para instituições que manejam esses pacientes.

É importante enfatizar que o Brasil é um dos poucos países que financia integralmente a assistência ao
paciente com AIDS, com uma estimativa de gastos, só em medicamentos, em torno de 600 milhões de reais para 1999.
A avaliação das disfunções ou da incapacidade para o trabalho decorrentes da doença pelo vírus da
imunodeficiência humana guarda uma correlação com o estagiamento da história natural da doença, que,
esquematicamente, pode ser dividida em: síndrome retroviral aguda e soroconversão (ocorre em 30 a 70% dos pacientes,
2 a 4 semanas após o momento da exposição e depois desaparece) e período de latência clínica com ou sem
linfadenopatia persistente, que pode durar até 10 anos. Na Classificação do Center for Disease Control and Prevention
(CDC), corresponde à Categoria A (infecção assintomática, adenopatia generalizada persistente, síndrome retroviral
aguda). Exceto a deficiência imunológica crescente, não existem outras disfunções impeditivas de uma vida praticamente
normal.



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