Monday, July 14, 2014

Hepatites virais - Quadro clínico e diagnóstico

Hepatites virais - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Caracteriza-se, na fase prodrômica, por início súbito de febrícula, anorexia, náuseas e, às vezes, vômitos
e diarréia. Pode haver cefaléia, mal-estar, astenia e fadiga, com dor em peso no hipocôndrio direito. A fase prodrômica
pode ser assintomática. Na fase ictérica, diminuem os sintomas prodrômicos e surge icterícia, hepatoesplenomegalia
dolorosa e discreta. Na fase convalescente, desaparece a icterícia com recuperação completa após algumas semanas.
As hepatites B e C podem evoluir para cronicidade, com ou sem complicações. A hepatite B pode evoluir de forma
aguda fulminante, principalmente na presença de co-infecção ou superinfecção pelo vírus da hepatite D.
O diagnóstico laboratorial é baseado em:
- elevação de pelo menos 10 vezes o valor normal das transaminases (TGO e TGP) ou aminotransferases
(ALT e AST);
- elevação das bilirrubinas;
- exames sorológicos para identificação de antígenos e anticorpos específicos;
- biópsia hepática (quando necessário).
A fase prodrômica ou pré-ictérica dura, geralmente, de 3 a 10 dias. A fase ictérica pode durar desde poucos
dias até algumas semanas, ainda que as transaminases possam permanecer elevadas por períodos prolongados de 1
a 2 anos, sem indicar, necessariamente, que a infecção se tenha cronificado.
Do ponto de vista evolutivo, cada tipo de hepatite viral tem curso clínico diferente, dependente da virulência
da cepa viral e da resposta imunitária de cada indivíduo. Nas hepatites agudas benignas, a evolução é para a cura. A
evolução para cronicidade, com ou sem complicações, não ocorre na HAV e na HEV. O diagnóstico de cronicidade é
essencialmente histopatológico. Não se pode defini-lo só pelas manifestações clínicas ou pelo tempo decorrido de
doença. As evoluções polifásicas (recrudescências) são comuns na HAV, enquanto as formas agudas prolongadas são
encontradas com alta freqüência na HCV e com alguma freqüência na HAV, ambas com bom prognóstico. A alta clínica
é dada em função da remissão completa dos sintomas, exceção feita a sintomas digestivos vagos e certa adinamia,
que podem persistir; desaparecimento total ou quase total da icterícia; normalização das bilirrubinas e das provas de
síntese hepática (tempo de protrombina e dosagem de proteínas); normalização dos níveis de transaminases.



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