Saturday, July 5, 2014

Psitacose - Quadro clínico e diagnóstico

Psitacose - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O período de incubação da doença é de 1 a 4 semanas e sua transmissibilidade pode durar semanas ou
meses. Ambas as clamídias podem provocar evoluções clínicas semelhantes. A infecção pode ser subclínica, com
episódios autolimitados similares à influenza, com cefaléia, síndrome febril, prostração, calafrios, mialgias, distensão abdominal,
obstipação ou diarréia, até evolução clínica caracterizada por pneumonia aguda, freqüentemente com manifestações
extrapulmonares, com delírio, lesões cutâneas roseoliformes similares às da febre tifóide, epistaxe, esplenomegalia,
acompanhadas de acometimento das vias aéreas superiores ou inferiores, provocando pneumonia, bronquite, faringite, otite
média e sinusite. É rara a observação de complicações tipo pericardite, miocardite, endocardite, tromboflebite superficial,
hepatite, encefalopatia. O quadro pulmonar é compatível com o de pneumonia atípica.
O exame radiológico mostra quadro pneumônico extenso, enquanto a sintomatologia pulmonar pode ser muito
pobre, com pouca tosse ou escarro mucopurulento. O pulso é lento e sua elevação progressiva, com taquipnéia, é de mau
prognóstico. A evolução pode ser favorável (com convalescença prolongada) ou grave, com letalidade que chega a 30%.
O diagnóstico laboratorial baseia-se no aumento em quatro vezes nos títulos da reação de fixação do
complemento entre as fases aguda e a convalescença, obtidos com intervalo de duas a três semanas entre cada
coleta. Na presença de quadro clínico sugestivo, títulos de 1:32 podem ser considerados como evidência de infecção.
O isolamento do agente no sangue ou em secreções, além da cultura de tecidos, apesar de possível, é de difícil
execução, requerendo laboratórios especializados para sua realização.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com pneumonia viral aguda, causada por riquétsia ou micoplasma e
endocardite com cultura negativa. Havendo alterações cutâneas, deverá ser feito diagnóstico diferencial com febre tifóide.



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