Friday, June 27, 2014

BRUCELOSE - Quadro clínico e diagnóstico

BRUCELOSE - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A brucelose-doença pode se manifestar por quadros agudos, subagudos ou crônicos, com síndrome febril,
que nos casos de longa evolução pode tomar a característica ondulante, com mal-estar, fadiga fácil, artralgia, mialgia,
dor lombar e nas panturrilhas, cefaléia, desatenção e depressão. Pode ser observada linfadenomegalia pouco expressiva
e raramente hepatoesplenomegalia. Nas formas agudas, a duração da doença é de até dois meses, nos subagudos
encontra-se entre dois meses e um ano, e nos crônicos ultrapassa esse limite. Muitos pacientes podem apresentar
alterações limitadas a um órgão e sistema como ossos e articulações (sacroileíte, osteomielite, abscessos paravertebrais),
fígado e vesícula biliar (hepatite, colecistite), tubo digestivo (ileíte aguda, colite), aparelhos urinário (pielonefrite,
glomerulonefrite difusa, abscesso renal) e respiratório (pneumonite, pleurite, lesões pulmonares solitárias), coração e
vasos da base (endocardite, pericardite), sistema nervoso (astenia, depresssão, meningite, encefalite, radiculoneurite,
mielite, neuropatia periférica, aneurisma micótico cerebral), pele e tecidos moles (erupções, úlceras, vasculites).
O diagnóstico laboratorial é realizado por intermédio de:
- isolamento da Brucella em cultura de sangue, medula óssea, outras secreções ou de fragmento de
tecido;
- teste de aglutinação em tubos com títulos maiores ou iguais a 1/160 ou aumento de 4 vezes dos títulos
da soroaglutinação em exames seriados, 2 a 3 semanas de intervalo entre eles (de 7 a 10 dias após a
infecção, pode ser detectada IgM específica para a Brucella).
O diagnóstico diferencial deve ser feito com as doenças que se comportam como febre de origem indeterminada
(tuberculose, linfoma, abscessos, toxoplasmose, mononucleose infecciosa, artrite reumatóide, entre outras), com a endocardite
bacteriana e a febre tifóide.


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