Tuesday, June 10, 2014

Conhecimento sobre a saúde do trabalhador deve ser estimulado

Conhecimento sobre a saúde do trabalhador deve ser estimulado

A ampliação e difusão do conhecimento sobre as condições de trabalho e suas conseqüências para a
saúde do trabalhador devem ser estimuladas e apoiadas pelas agências de fomento e realizadas pelo sistema de
saúde, universidades e institutos de pesquisa, em colaboração com outras organizações sociais.
Acompanhando o movimento internacional da Promoção da Saúde, o Ministério da Saúde, com o apoio da
Representação da OPAS/OMS no Brasil, vem procurando incorporar em suas ações as diretrizes sobre o tema
estabelecidas nas Conferências de Otawa (Canadá, 1986, sobre Promoção da Saúde), Adelaide (Austrália, 1988,
sobre Políticas Públicas Saudáveis), Sundswall (Suécia, 1991, sobre Ambientes Saudáveis e Desenvolvimento
Sustentável), Bogotá (Colômbia, 1992, sobre Linhas de Promoção para Países em Desenvolvimento) e Jacarta
(Indonésia, 1997, sobre Promoção da Saúde no Século XXI). A proposta visa a redirecionar o enfoque assistencialista
das ações no campo da saúde, reforçando, entre outros, o papel das políticas públicas intersetoriais, a participação
comunitária e o estímulo à criação de ambientes e estilos de vida saudáveis.
No Brasil, essa proposta vem sendo discutida e implementada crescentemente, ainda que de forma
circunscrita, no movimento dos municípios saudáveis e na discussão conceitual e metodológica da vigilância em saúde.
A trajetória da saúde coletiva no país, e da saúde dos trabalhadores em particular, possui origens históricas e conceituais
paralelas às da Promoção da Saúde, sendo necessária uma maior reflexão crítica e capacidade de síntese quanto à
efetiva operacionalização de uma política voltada para a área, principalmente, no que se refere às ações intersetoriais
e às estratégias de transformação dos processos e ambientes de trabalho.
1.7 O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA ATENÇÃO À SAÚDE DOS TRABALHADORES
Por princípio, a atenção à saúde do trabalhador exige o envolvimento de uma equipe multiprofissional em
um enfoque interdisciplinar.
Nessa equipe, os médicos têm um elenco de atribuições específicas que estão regulamentadas pelo Conselho
Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução/CFM n.º 1.488/1998, que deve ser conhecida e cumprida por todos
aqueles que prestam assistência médica a trabalhadores, independentemente de sua especialidade ou do local de
atuação, se a serviço do empregador, como contratado, assessor, consultor, perito ou como perito médico-judicial ou
da previdência social.



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