Tuesday, June 24, 2014

Tuberculose - Tratamento e outras condutas

Tuberculose - Tratamento e outras condutas

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento deve perdurar por 6 meses (2 meses de doses diárias de rifampicina, isoniazida e pirazinamida,
seguida de 4 meses de doses diárias de rifampicina e isoniazida). A baciloscopia deve ser realizada mensalmente após
o início do tratamento. Nos pacientes com lesões pulmonares, inicialmente positivos, a alta por cura comprovada será
dada quando, após completar o tratamento, o paciente apresentar duas baciloscopias negativas. A alta por cura não
comprovada ocorrerá se, ao completar o tratamento, o paciente não tiver realizado as baciloscopias para encerramento
do caso. Nos pacientes com lesões pulmonares inicialmente negativas ou extrapulmonares, a alta por cura será dada
quando for completado o tratamento e com base em critérios clínico-radiológicos.
Considera-se falência do tratamento quando persiste a positividade do escarro ao final do tratamento
correto ou quando os doentes fortemente positivos (escarro: ++ ou +++) mantêm-se assim até o 4.º mês ou com
positividade inicial seguida de negativação e nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4.º mês de
tratamento. O aparecimento de poucos bacilos (+) no exame direto de escarro, na altura do 5.º ou 6.º mês, isoladamente,
não significa, necessariamente, falência do esquema, e o paciente deverá ser acompanhado com exames bacteriológicos
para melhor definição.
Seqüelas da doença e/ou do tratamento e disfunções progressivas poderão ser observadas nos pacientes
portadores de imunodepressão grave ou de risco permanente, como em portadores da AIDS, de neoplasias, com
insuficiência renal crônica, silicose, paracoccidioidomicose, usuários de corticoterapia prolongada, tuberculose crônica
multirresistente e outros. Os portadores de doenças que interferem no sistema imunológico, como diabéticos,
gastrectomizados, etilistas, dependentes de drogas, os que apresentaram evolução arrastada com demora de
negativação do escarro, os que abandonaram ou tomaram drogas de maneira irregular, entre outros, têm maior
probabilidade de apresentar seqüelas e/ou disfunções prolongadas.



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