Monday, June 30, 2014

Leptospirose - Quadro clínico e diagnóstico

Leptospirose - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
As manifestações clínicas da leptospirose apresentam espectro variável: desde formas assintomáticas a
oligossintomáticas (anictéricas), simulando síndrome gripal, até formas ictéricas graves com acometimento hepato-
renal e insuficiência renal aguda. Após período de incubação de 7 a 10 dias e variando entre dois dias até mais de um
mês, a doença surge. A forma anictérica acomete 60 a 70% dos casos e apresenta duas fases:

SEPTICÊMICA: caracterizada por hepatomegalia e, mais raramente, esplenomegalia, hemorragia digestiva alta, mialgia
que envolve panturrilhas (principalmente), coxa, abdômen e musculatura paravertebral, fotofobia, dor torácica,
tosse seca com ou sem hemoptóicos, exantemas maculares, máculo-papulares, urticariformes ou petéquias,
hiperemia de mucosas com duração de 4 a 7 dias;

IMUNE: quando há cefaléia intensa, vômitos e sinais de irritação meníngea, uveíte, com duração de 1 a 3 semanas.
A forma ictérica, também chamada de doença de Weil, evolui com insuficiência renal, fenômenos
hemorrágicos e alterações hemodinâmicas. Os sintomas são mais intensos que na forma anictérica, com duração de
1 a 3 semanas, com taxas de letalidade de 5 a 20%. Os exames laboratoriais para diagnóstico são a cultura de sangue
ou líquor (primeira semana e início da segunda semana da doença) ou urocultura (após a segunda semana) e asDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
reações sorológicas: reação de soroaglutinação macroscópica e microscópica, reação de fixação do complemento,
reação de hemaglutinação, ELISA e outras.
Considera-se como caso confirmado aquele que preencher qualquer um dos seguintes critérios:
- isolamento de Leptospira de qualquer espécime clínico;
- sintomas clínicos sugestivos associados à conversão sorológica, isto é, aumento de 4 vezes ou mais
no título obtido pela reação de soroaglutinação microscópica entre a fase aguda e a de convalescença;
- detecção de IgM específica pela reação ELISA.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com:
FORMA ANICTÉRICA: gripe, febre tifóide, septicemia por germes gram-negativos, dengue, apendicite aguda, colecistite
aguda, malária, pielonefrite aguda, toxoplasmose;
FORMA ICTÉRICA: formas ictéricas da febre tifóide, sepse por germes gram-negativos, febre amarela, hepatites, malária
por P. falciparum, entre outras.


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