Monday, June 23, 2014

Tuberculose - Epidemiologia fatores de risco

Tuberculose - Epidemiologia fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
No mundo, estima-se que cerca de um bilhão de pessoas têm tuberculose ativa, com 8 milhões de casos
novos por ano e 3 milhões de mortes anuais. A tuberculose ocorre:
- na infecção primária, devido a número excessivo de bacilos e/ou à diminuição da capacidade de resposta
imunológica do hospedeiro. Há desequilíbrio imunológico desfavorável ao hospedeiro;
- na recrudescência, o que ocorre em cerca de 10 a 15% dos infectados, em metade deles nos primeiros 2
anos após a infecção inicial. Em geral, deve-se à redução da capacidade de resistência do hospedeiro e
secundariamente a uma nova carga de infecção por reativação endógena. Em meios de alta prevalência
do agente, novas cargas infectivas exógenas podem desempenhar papel importante na tuberculoseDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
secundária. A infecção pode também ser determinada por cepas mutantes de bacilos mais virulentos com maior
capacidade multiplicativa, ou por multidrogas resistentes, associada ou não à imunodeficiência (associada ao
uso de corticosteróides, antiblásticos, radioterapia, a doenças de imunodeficiência como na AIDS).
Em determinados trabalhadores, a tuberculose pode ser considerada doença relacionada
ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, posto que as condições de trabalho
podem favorecer a exposição ao M. tuberculosis
ou ao M. bovis, como no caso de trabalhadores em laboratórios de biologia e em atividades que propiciam contato
direto com produtos contaminados ou com doentes bacilíferos.
Em trabalhadores expostos a poeiras de sílica e/ou portadores de silicose, a tuberculose e a sílico-tuberculose
deverão ser consideradas como doenças relacionadas ao trabalho, do Grupo III da Classificação de Schilling, uma vez
que tem sido demonstrado, clínica e epidemiologicamente, que a exposição à sílica pode favorecer a reativação da
infecção tuberculosa latente, pois os cristais de sílica no interior dos macrófagos alveolares deprimem sua função
fagocitária e aumentam sua destruição.



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