Sunday, June 15, 2014

Situação Inicial fatores ou condições de risco

Situação Inicial fatores ou condições de risco

O estudo inicial da situação é indispensável para que fatores ou condições de risco não sejam negligenciados
durante a inspeção do local de trabalho, requerendo conhecimento técnico, experiência e acesso a fontes especializadas
e atualizadas de informação. O estudo preliminar do(s) processo(s) de trabalho, que precede a inspeção, pode ser feito
utilizando as fontes de informação disponíveis (literatura especializada, bancos de dados eletrônicos, relatórios técnicos
de levantamentos prévios realizados no mesmo local ou em locais semelhantes) e por meio de perguntas antecipadas à
própria empresa que vai ser estudada, como, por exemplo, a lista de produtos comprados com a respectiva taxa de
consumo (semanal ou mensal), como e onde são utilizados. Assim é possível determinar a priori quais as principais
possibilidades de risco, o que será de grande utilidade e otimizará o tempo durante a inspeção propriamente dita. Concluída
a investigação dos agentes de risco potenciais, que podem ocorrer no local de trabalho, é necessário verificar quais são
seus possíveis efeitos para a saúde. Além disso, também devem ser consultadas as tabelas contendo os Limites de
Exposição Ocupacional (LEO) ou Limites de Tolerância (LT), pois os valores de exposição permitidos para os diferentes
agentes dão uma idéia do grau de dano que podem causar e são úteis para se fazer comparações e estabelecer prioridades.
Por exemplo, um agente químico cujo LT é 0,5 mg/m3
será muito mais perigoso que um agente cujo LT é 200 mg/m3.
As informações relativas ao estado de saúde do trabalhador, incluindo as queixas, sintomas observados ou
outros efeitos sobre a saúde e alterações precoces nos parâmetros de saúde ou nos resultados de monitorização
biológica, também podem auxiliar na identificação de condições de risco existentes no ambiente de trabalho. Uma
colaboração estreita entre os responsáveis pelo estudo do ambiente e das condições de trabalho (higienistas, engenheiros
de segurança, ergonomistas) e os responsáveis pela saúde do trabalhador (médicos, psicólogos, enfermeiros do trabalho,
toxicologistas) é indispensável para uma avaliação correta das exposições ocupacionais. O enfoque multidisciplinar e
o trabalho em equipe permitem desvendar relações causais que de outra forma podem passar despercebidas.
O potencial de causar dano de um determinado agente encontrado no ambiente de trabalho é importante
para o estabelecimento de prioridades, mesmo para as observações iniciais, alertando para a presença de condições
graves, que requerem ação imediata, como no caso da exposição a substâncias muito tóxicas, cancerígenas ou
teratogênicas. O modo de ação de um agente sobre o organismo (rápido, lento) e a possibilidade de penetrar através
da pele intacta são dados importantes para orientar as observações in loco e o estabelecimento da estratégia de
amostragem, se necessária.
Relatórios e resultados de investigações prévias devem ser analisados, considerando a possibilidade de
que tenham ocorrido mudanças nas condições de trabalho.



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